"Uma equação no Hyde Park" é um poema com voz, imagem, texto sobre imagem, voz sobre texto.
O poema desce ao inferno e sobe aos espaços dirigíveis, tentando falar de uma espécie de "equação": como lidar com os movimentos, percursos, caminhos, leituras. Imagem e texto juntos tentam emular esses movimentos e vaivéns. "Uma equação no hyde park" começa com uma conversa com o poeta tcheco Jaroslav Seifert, mais especificamente com o poema "Um guarda-chuva de Piccadily" (que fiz uma versão a partir da tradução para o inglês -- http://lepaysnestpaslacarte.blogspot.com.br/2012/08/um-guarda-chuva-de-piccadily-jaroslav.html) Depois da tradução desse poema, um verso ficou repetindo como um refrão e acabou virando refrão do meu texto: "está chovendo no Hyde Park hoje". O tom do poema dele, que é um poema de amor, se mistura ao movimento "equacional" de altos e baixos, de sobe e desce. O poema foi publicado no livro "Câmera lenta" (2017) Depois, ao fazer o vídeo, converso com as imagens do filme "Boy meets girl", de Leos Carax, buscando também trabalhar com a ideia de refrão-repetição-citação. Queria que cada imagem recortada do filme pudesse explicitar os movimentos de subida e descida do poema -- sem deixar de trazer algo do filme, que é também um filme de amor (amor e desilusão). Imagens e citações descontextualizadas podem trazer algo de onde foram tiradas. Mas trabalho também com a ideia de que, postas lado a lado, elas possam costuram outras equações.
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Abril 2021
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