Você precisa mudar de vida
Comecei a chamar meus ex De gestão passada Inclusive lembrei Que preciso devolver Umas blusas da gestão retrasada Inveja não Inveja só dos mortos Tenho andado pelas ruas de pijama Pensando em arte conceitual A vida ficou mais fácil quando aceitei ser coroada Rainha do ressentimento Curvem-se todos Os da atual gestão e das gestões passadas Menos você, se aproxime, eu tenho um recado Não é meu estou apenas repassando Você precisa mudar de vida Infelizmente o mundo não vai acabar Dá tempo Alguém me apunhala em busca de si Caio como se fosse nada É nada * Fora de órbita Suavemente catatônica Esbarrando nas paredes brancas Com auxílio dos químicos E dos médicos No quarto onde há meses Minha mãe se senta Em minérios de silêncios profundos Gases quase irrespiráveis Também com auxílio Dos químicos e dos médicos Sequer tenho fome Depois que saí de órbita Não proponho mais desafios Não duvido de mais ninguém Tomei forma de samambaia Antes planta que pedra Pesando sobre a perda Como um projétil Despencando Sobre uma alma mínima * Matéria prima há muito tempo não escrevo um bom poema como sua matéria invisível inexistente me estrangulasse minha artéria se confunde com a artéria estreita do poema que deseja respirar
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