>>>nas embarcações no fio dessas dores ancestrais do teu corpo-morno nas vozes do teu bruto peito existem vários rios dentro do rio labirintos copas casulos z u n i d o s que atravessam de dentro pra fora furando a carne d e s a l o j a n d o que rasga o tecido da terra e espera esbarra inaugura que arranca o leme dessa carapaça verde dos redemoinhos-portais do tempo dessas bolhas no barlavento direcionado nas embarcações ecos mudam de direção * <<<jangada>>> líquido subtraindo a sua superfície percorre o quase-não-move líquido subtraído da lembrança: uma sensação no lume dessa luminosidade vibrante na semi-ilha de imensurável ser na efervescência que escalpela o breu rastejante transcendente mórfico sob a espelhagem jangada rabiscando o traçado desse percurso multívoco refletido no movimento-serpente que flutua o corpo dessa alga-movente no jabal que ensereia os galhos dessa imensidão transvestida e o gemido inaudito no ruído das pedras nas fendas da amplidão no rio que transcreve memórias... enquanto peixes percorrem o infinito *
iv poemas perdidos para Luiz Fernando Cheres e a sua descendência existem iv poemas perdidos dentro do tempo-ausência e uma faixa clandestina na memória existem iv poemas que carregam a densidade das horas e um temporal de silêncios-infensos-sibilantes existe uma madrugada calma nas vértebras da noite fantasmas sussurros e grilos habitam as praças enquanto descansa o barulho da palavra não dita
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Janeiro 2021
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