Depois de eu ter saltado a fila não-EU
com uma senha legalmente dopada em Bruxelas, a dureza da inspectora mudou. Mostra-me o seu mármore branco e polido, com laivos rosados, guardando o granito cinzento e rugoso para casos menos claros. Graças à nossa União, de facto, a funcionária (cansada) não me pede para cantar o Hino Nacional, elencar todos os Presidentes da República desde a revolução, recitar a Constituição Portuguesa. Tampouco se rala com o calvário de cruzes nas escolhas múltiplas, limitando-se a procurar a pedra de toque: «Amesterdão?» A última barreira esfuma-se. Quase me confessa uma legalidade cometida num coffeeshop.
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Histórico
Janeiro 2021
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