Prelúdio
Esmalte vermelho Um pouco acinzentado Cinza sobre a mesa pequena Na varanda, conchas Cheias da cinza, lembremo-nos, Humano, este és tu também Matéria leve, cinzas voando Carregadas pelo vento Que sobe Pelo rio Estou a sentir-me Como na borda de um navio Eu, inclinada sobre A delicada estrutura de ferro Olá liberdade! Olá pássaros! Olá perigo! As bocas vermelhas Dos meus dedos Feitos pelo Deus-ferreiro Dedos selados, Cumprimentando com cortesia Enquanto incluem Penugens cinzentas, incenso Contam-me sobre o calor De fogo, vulcões. Olá, Liberdade! Olá, phoenix! Olá, vida! Re:flexão Eu peço-te Que me vires Como o vento dobra As ondas, peço-te Que me consertes Para ter a força, concentrada Para não estar espalhada por aí Somente abstraída da fonte Das minhas confusões Pois eu não sou (do) mar Mas nele me reconheço Como seja um espelho Nó Se eu apertar Um nó Na minha tristeza Pode ele lembrar-se Lembrar-me Da minha felicidade Na boca A eternidade Na boca Uma língua Cheia de palavras Cheia de silêncio Sem fim As palavras Na boca A eternidade Elas lapidam A obscuridade Dentro dos lábios Lapidam-na Clara como uma Pedra preciosa Transformam-na Numa ponta aguda Será a caneta que Eu vou usar para Escrever sobre estas, Aquelas coisas que Ainda não sei Traço Em cima das tuas bochechas Em baixo dos teus olhos castanhos À esquerda, à direita A pele ondea-se, tímida Que rugas delicadinhas Como se se sentassem lá Borboletas, voadas, já
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Abril 2021
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